Considerações finais

Para o avanço e sucesso efetivo do Programa Ciclo Sustentável, o principal aspecto apontado é o desenvolvimento de uma estrutura que permita sua expansão para todas as linhas de produtos Philips. Isso depende não apenas da Philips, mas também da cadeia de valor desses produtos, da conscientização do consumidor e do próprio país. Além de uma maior capilaridade logística, a indústria da reciclagem em si também precisa se desenvolver melhor.

O consumidor, é, claro, um elo fundamental, mas que precisa ser educado. Sem o consumidor conscientizado, não existe programa. A melhoria dos resultados e da performance dessa infraestrutura requer o envolvimento dos diversos stakeholders, incluindo governos nacionais e locais, indústria, varejistas e empresas de reciclagem.

Para a empresa, que trabalha com a política de logística reversa desde 2009, antes da Lei, a sanção da nova política nacional é um importante elemento de mercado, obrigando a concorrência a também implantar o sistema e arcar com os custos da reciclagem.

Enquanto a operacionalização da responsabilidade compartilhada é regulamentada, os projetos-piloto de reciclagem dentro do Ciclo Sustentável funcionam também como base para projetos da empresa em países onde a legislação sobre o descarte de eletroeletrônicos ainda está sendo discutida. Numa perspectiva mais ampla, proporcionam uma experiência valiosa, um microcosmo para a compreensão dos atuais obstáculos, articulações e compromissos necessários para se viabilizar o que seria uma “economia verde”, que tende a ciclos fechados e mercados que se alimentam de produtos resultantes da reciclagem.