Ciclo Sustentável Philips

Iniciado em março de 2010, o programa Ciclo Sustentável Philips consiste na reciclagem de produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos – como TVs, aparelhos de áudio e vídeo, eletroportáteis, entre outros – que antes não possuíam destinação apropriada.

O Programa é uma iniciativa da Philips em parceria com as Assistências Técnicas (ATs) e conta com o papel ativo do consumidor final na destinação do produto às ATs cadastradas. A partir daí, uma empresa recicladora contratada pela Philips – a Oxil – cuida das atividades de transporte e manufatura reversa.

Segundo a área de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Philips, houve uma receptividade muito positiva ao Programa por parte das ATs, já que ele oferece também a oportunidade de destinação adequada de peças de reposição, que anteriormente permaneciam com as ATs. A Philips realizou um treinamento para explicar o funcionamento administrativo do programa, havendo fácil adesão.

A fase piloto do Ciclo Sustentável teve início em 2009, com duração de 6 meses, sendo então lançado em 40 ATs em 2010. Estas correspondem a 80% das ordens de serviço da Philips e são distribuídas em 25 centros urbanos espalhados por estados em todas as regiões do pais: Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Pará, entre outros.

Em novembro de 2010, foi lançado o programa de logística reversa de pilhas e baterias, que dispõe de quase 1000 pontos de coleta. Esse programa é realizado por meio da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – ABINEE –, e tem o nome de “Projeto ABINEE Recebe Pilhas”. As pilhas e baterias recolhidas nos pontos de coleta são encaminhadas à destinação ambientalmente adequada.

Logística

Do consumidor, os produtos eletroeletrônicos seguem para uma das 40 ATs no país. Quando estas acumulam determinado volume de devoluções, acionam a área de Services da empresa – responsável pelo relacionamento com as ATs. É feito então um roteiro otimizado que cobre determinados estados e ATs naquele mês, e todo o material segue para uma de suas recicladoras homologadas, onde ocorre o processo de manufatura reversa.

Na empresa recicladora, os produtos são desmontados e cada um de seus diversos componentes (ferro, aço, plástico, cobre etc.) recebe uma finalidade, sendo encaminhados a empresas de ramos diversos. Segundo dados da Oxil 61, uma das recicladoras homologadas, mais de 85% do material é aproveitado. Os componentes que não podem ser reciclados seguem para o descarte conforme apontado pela legislação. Hoje se estima que, dos produtos Philips que passam pela manufatura reversa, 30 empresas são beneficiadas com os diversos tipos de matéria-prima.

A Oxil permite a rastreabilidade desde o recebimento até a destinação final dos produtos perigosos e realiza o monitoramento ambiental da região do entorno, permitindo o controle por órgãos ambientais. No final do processo, é emitido um certificado de destinação que comprova onde e quando o resíduo foi depositado, processado ou reciclado.

Gestão do Programa

A Philips acompanha todo o processo por meio de relatórios e vistorias periódicas, visando se certificar de que os aparelhos encaminhados serão todos reciclados.

Na gestão interna do Programa, o principal indicador é a quantidade de produto recebida. Contudo, o acompanhamento da evolução do Programa a partir do volume ou peso vendido possui limitações. Como a reciclabilidade dos componentes depende do desenvolvimento da tecnologia para reciclagem, a porcentagem do que é possível ser reciclado tem se mantido a mesma desde o início do programa, em março de 2010.

A Philips tem mudado significativamente sua linha de produtos nos últimos 10 anos, o que traz dificuldades de padronização para o estabelecimento de metas. Ao receber, hoje, uma TV fabricada há 10, 15 anos, tanto as dimensões quanto o peso são muito diferentes. Hoje a empresa observa principalmente o peso (toneladas de produto) e a quantidade (unidades de produto) recebidos, mapeando o retorno das diversas Assistências Técnicas em cada região do país. A expansão da capilaridade geográfica do programa é outro ponto almejado.