Introdução

O Brasil é líder mundial em exportação de tabaco desde 1993, e o segundo maior país produtor. Estima-se que mais de 165 mil pequenos produtores rurais, concentrados principalmente na região Sul do país, tenham na produção de tabaco sua mais importante fonte de renda, não obstante a diversificação de seu perfil de produção. Segundo dados da Associação dos Fumicultores do Brasil, o tabaco representa entre 50 a 60% da renda total das propriedades integradas, sendo o restante obtido com a produção de outras culturas, como milho, feijão, arroz, frutas, erva-mate, entre outras. Apesar dessa participação na rentabilidade do agronegócio familiar, as lavouras de tabaco ocupam em média 15,6% da área total da propriedade, cujo tamanho médio está em torno de 17 hectares (ou seja, ocupam cerca de 2,5 hectares) .

A Souza Cruz, líder no mercado de cigarros nacional, realiza sua produção de tabaco por meio do Sistema Integrado de Produção, implantado em 1918 de forma pioneira pela empresa. Por esse sistema, cerca de 30 mil produtores rurais recebem insumos, assistência técnica e a garantia de compra de safras previamente contratadas, além de orientações para o planejamento econômico, social e ambiental da propriedade.

Preocupada em articular suas diversas ações relativas à sustentabilidade no contexto da produção agrícola, a empresa reorganizou os programas de sustentabilidade de seu Sistema Integrado de Produção de Tabaco sob a coordenação da Plataforma Produtor Rural Sustentável, que propõe uma visão e um plano tático-operacional para projetos que repensam o uso da propriedade, concentrando-se em aspectos como a importância da diversificação da produção e da redução de impactos ambientais, além da erradicação do trabalho infantil e a melhoria das condições de saúde e segurança do trabalhador rural. As características desse trabalho serão apresentadas a seguir .