Mercado e Redes Sociais

Redes sociais e mercado é um assunto muito atual, pois trata de duas dimensões que estão intimamente ligadas no mundo das conexões, das redes de diversos interesses, que devem influenciar com mais intensidade praticamente todos os processos socioeconômicos. Da sustentabilidade à política, do comportamento ao marketing, de pesquisas aos movimentos de massa, as redes sociais são responsáveis, em maior ou menor escala, pelas transformações históricas que estamos vivenciando. O mercado e suas organizações, portanto, têm mudado constantemente com o avanço da influência das redes sociais, vistas muitas vezes como a nova grande mudança após a internet.

O mercado específico de tecnologias sociais está expandindo e evoluindo. Embora seja apropriado evitar a urgência para centralizar e controlar elementos sociais, há riscos associados com abordagens não gerenciadas. Frente às mudanças de conectividade e interatividade virtuais, pergunta-se como adaptar o modelo de negócios para as redes sociais. Considerando que as redes sociais já podem ter status estratégico para alguns mercados, pode fazer-se necessário modificar valores e conceitos de gestão sem, no entanto, perder de vista o cerne da empresa.

Diz-se que as redes sociais e as plataformas digitais farão diferença quando as discussões forem sobre inovação, sustentabilidade e responsabilidade social. A própria mudança dos negócios para integrar-se às redes sociais é uma forma de inovação, principalmente porque trabalham na fronteira de paradigmas mercadológicos, alterando a forma como qualquer negócio é conduzido. Uma tendência é o conceito de netweaving, ligada ao termo tecelões, que amplia o significado nos novos ambientes corporativos, uma nova forma de construir relações.

Uma característica importante desse novo fenômeno de redes sociais é a necessidade de transparência. Há grandes cobranças de informações e de diálogo pelas partes interessadas que, se não existem, dá abertura a comentários e alusões paralelas nem sempre interessantes para a imagem da organização. Muitos dizem que mais que satisfazer a necessidade dos clientes, as redes sociais exigem que os clientes sintam-se pertencentes ao negócio, adicionando valor à marca e ao produto. A transparência pode ser usada para informar processos operacionais, facilitar o comprometimento dos funcionários, consumidores e parceiros corporativos, assim como criar oportunidades de negócio inovadoras.

Mais especificamente na aplicação direta da sustentabilidade, as redes sociais terão um papel muito importante na difusão de campanhas e no engajamento da população. Consumo consciente, mercados verdes, tecnologias sustentáveis, redes de colaboração empresarial e novos modelos de negócios são alguns dos conceitos que prometem movimentar o mercado com a difusão da cultura digital.

Há empresas que já compreenderam que as redes sociais são não somente um canal de comunicação, como fonte de conhecimento sobre o perfil dos consumidores, gostos, comportamentos e fontes de inspiração. Através das pesquisas e da própria observação das redes é possível testar a resposta a campanhas publicitárias; analisar comportamento da concorrência; mencionar marcas, produtos; crowdsourcing. As ferramentas e plataformas de redes sociais, ao incentivarem maior proximidade, colaboração e convergência de ideias, fazem com que as instituições não governamentais, empresas e todas as esferas dos governos também tenham que repensar suas estratégias de posicionamento e relacionamento com seus públicos.